Uma mulher chamada Ilma fontes
Produzido através de dados de uma entrevista publicada no Jornal O Capital
Ontem a noite sobre o domínio da insônia, me pus na janela de minha humilde casa e vi sete gatinhos invadirem o quintal de Nelson, meu vizinho. Ontem foi o dia que, finalmente, encontrei Deus na Avenida Mário Jorge partindo em direção aos lagos encantadores da Orla de Atalaia.
Abordo do ônibus circular Cidade I, vi no fundo desta máquina a seguinte frase: “Aracaju, paraíso tropical sem gente feia e perversa.” Será mentira ou verdade? Como tudo era de se esperar para este dia de incontáveis surpresas, uma jovem sexagenária, sex e legendária, apareceu em minha frente como “um produto da simbiose perfeita entre o ser humano e a natureza.” Ela era mais que isto! Ela era demasiadamente humana. Tão humana que massacrava a realidade pensada por Nietzsche.
A convidei para um restaurante legal com champagne e um som ao vivo para limpar os tímpanos!... Era à noite de Chet Baker! O som dele nos anestesiava, tudo estava ótimo até que, uma gente conturbada anunciava a morte de Cássia Eller. A jovem derramara neste episódio o seu pranto definitivo. Hoje, caso encontre uma de suas lágrimas tenham certeza, tudo foi fossilizado.
Carlos Conrado
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