20 anos sem o Maluco Beleza





O mago Raul

Ninguém esquece de Raul Seixas, ou melhor, Ralzito.

O nosso Maluco Beleza, foi o nome mais importante do rock brasileiro e uma grande influência para o rock que surgiu depois dele. Nasceu em Salvador, passou a adolescência ouvindo muito rock'n'roll, particularmente Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis e Chuck Berry, e blues dos negros do sul dos Estados Unidos, sem deixar de lado o baião de Luís Gonzaga e repentistas nordestinos. Embalado por esse caldeirão rítmico e seduzido pelos ideais alternativos da geração do pós-guerra e pelo misticismo, deu asas a sua anárquica guitarra e tornou-se o ídolo de diversas gerações, que incluem desde jovens rebeldes da classe média e do subúrbio das grandes cidades, até empregadas domésticas, caminhoneiros, empresários. Alguns de seus maiores sucessos são Metamorfose Ambulante, Trem das Sete, Como Vovô Já Dizia, Rock das Aranhas. Quando jovem, começou, como ele mesmo disse, "a usar cabelo de James Dean, blusão de couro e beber cuba-libre, o que espantava meus pais burgueses de classe média". Trocou sua lambreta por dois velhos violões e um contrabaixo e formou seu primeiro grupo de rock, o Relâmpago do Rock, em 1962. O grupo passou a se chamar The Panthers, Raulzito e os Panteras e, por fim, Raulzito e seus Panteras. Tocou em vários clubes de Salvador e em programas de rádio. Em 1967, a convite de Jerry Adriani, o grupo partiu para o Rio de Janeiro. Depois do lançamento fracassado de um LP homônimo, se dissolveu. De volta a Salvador, em 1970, Raul foi convidado a trabalhar como produtor de discos da CBS. Participou em 1972 do VII Festival Internacional da Canção (FIC), da Rede Globo, com a música Let me Sing, Let me Sing, cantada por ele mesmo, e Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo, por Lena Rios. Depois de ter sido expulso da gravadora por ter participado do festival, lançou seu primeiro disco-solo, Krig-há bandolo! (1973). Foi perseguido e preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Exilou-se nos Estados Unidos. Retornou ao Brasil devido ao sucesso do LP Gita (1974), que vendeu mais de 600 mil cópias. Com Há Dez Mil Anos Atrás (1976), alcançou enorme sucesso.

Hoje faz 20 anos de sua morte. Raul morreu apenas em matéria pois a sua musica e o seu estilo irreverente permanecerão eternos.

- A edição -

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