Morte de Augusto Boal


De 16/03/1931 a 02/05/2009.
Morte de Augusto Boal


Dotado de um olhar ímpar, Augusto Boal, criou o Teatro do Oprimido objetivando a inclusão de todos no grande Espetáculo da Vida. Esta sua cria, é hoje uma realidade mundial, sendo a metodologia teatral mais conhecida e praticada nos cinco continentes.
"A Estética do Oprimido tem por fundamento a crença de que somos todos melhores do que pensamos ser, e capazes de fazer mais do que aquilo que efetivamente realizamos: todo ser humano é expansivo." Assim o nosso mestre de 78 anos que era natural do bairro da Penha, Rio de Janeiro, pregou a sua filosofia adquirindo adeptos com facilidade.
Morreu na madrugada do dia 2 de maio, devido ao agravamento da leucemia "saiu de cena" no estranho palco do hospital Samaritano. No domingo - Dia 3, teve o seu corpo cremado no Cemitério do Caju - Também no Rio de Janeiro.
Sua ultima aparição em público foi em Paris onde recebeu merecidamente o titulo de Embaixador Mundial do Teatro cedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Para o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, Boal era "um homem apaixonado pela vida e pelo o que fazia."
Em 2008, o nosso mestre por excelência foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e, no dia do seu aniversário, atores, teatrólogos e militantes da Cultura decretaram neste, O Dia Mundial do Teatro do Oprimido.
Sua passagem inspirou também vários poetas a manifestarem o seu apreço pelo o homem criador de uma linguagem cênica que jamais será esquecida. Confiram abaixo:
_ Carlos Conrado-
Do oprimido
Por: Aglacy Mary

Opressor e oprimido
Nós de uma mesma trama
Fios de um mesmo tecido

Oprimido e opressor
Têm o tom diluído
Quando o palco dá espaço
À voz de lá, do outro lado

Opressor e oprimido
Ganham novo sentido
No espaço teatral

Quem transforma
Se transforma
Qualquer um é um ator
Na arte de Augusto Boal

AUGUSTO BOAL
Por:Teresinka Pereira
3 de maio de 2009


Naqueles anos
de exilio
nao qualificado
de "tortura"
encenavamos
o absurdo da vida
em um festival de teatro
na California.
O absurdo nos fazia
denunciar
a ditadura militar
sem aceita'-la.
Hoje me entregas
uma quota de absurdo
que nao me permite
nega'-lo: tua morte.
Sentiremos tua falta,
companheiro Boal,
para sempre.

1 comentários:

Aglacy Mary disse...

Generoso o grande Carlos Conrado surpreendendo-me com a postagem de um poema, expressão de meu reconhecimento da arte de Boal.

Aglacy Mary

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