Aperitivo Histórico da Arcádia
Por: Carlos Conrado


No ano em que a Arcádia comemora o seu 53º aniversário, fatos marcantes desta instituição, visitam esta minha mente adornada de saudades. Sinto falta até do tempo em que não vivi!...
Jovens do Colégio Atheneu Sergipense – Que em 1956 ainda era conhecido como Colégio Estadual de Sergipe, surgiram com o ideal cultural dentro do Grêmio Clodomir Silva. Não demorou muito para que essa plêiade de pensadores, buscasse a sua independência. O espaço para a nova sede, era minúsculo, mais mesmo assim, os alunos cheios de idéias e sede de passá-las para os colegas formaram, uma espécie de academia que não se resumia apenas à literatura. Patronos foram incorporados para servirem de símbolos aos seus futuros representantes. Vale destacar, Osmário Santos, Iroílton Dórea Léo, Hunald Alencar, Giselda Moraes, Guido Azevedo, Soutello, Roberto Mendonça Maia e Leonardo Alencar, são exemplos de mentes que hoje formam a base intelectual sergipana. Em 1967, circulava nos corredores do colégio, o Jornal A Voz da Arcádia e, neste mesmo ano, foi publicado a antologia “Luzes da Arcádia”.
Fechada pelo comando militar por ordem do regime AI5, a Arcádia Estudantil passou vários anos hiberna.
Em 1997, estudantes que souberam da sua existência decidem reativá-la e pedem ajuda aos seus antigos membros. Dificuldades ficaram evidentes desde o inicio. Não estava fácil encontrar os documentos do registro, as atas e etc. Com a descoberta dos essenciais, a Arcádia além de ser reativada também foi renomeada, ficando conhecida como Arcádia Literária Estudantil.
Um Concurso de Poesias foi criado e hoje semeia a sua XIII edição. Por este trabalho a Arcádia ganhou reconhecimento e respeito lá fora também. Em 2004 por exemplo, o Embaixador da Espanha no Brasil – José Codech Planas, nos honrou com a sua presença e disse em sua passagem nunca ter visto um grupo de jovens tão preocupados no futuro como o nosso; publicamos a antologia Impressões, com o apoio da Secretária Estadual de Cultura e recebemos o apoio da Sociedade Semear que nos cedeu o auditório para a presente e vindouras cerimônias do nosso concurso. Em 2005 assinamos um convênio com a Academia Sergipana de letras. Em 2006, comemoramos o Júbilo de Ouro no auditório do Tribunal de Justiça de Sergipe; ganhamos parceria com a ASAP – Associação Sergipana de Artistas Plásticos, Editora O Capital e Casa do Poeta de Aracaju. Em 2007, recebemos o apoio da Academia Brasileira de Letras que gentilmente doou diversos livros que serviram a nossa biblioteca e também na premiação do mesmo. Em 2008, continuamos com as parcerias acima já citadas; participamos com um stand na III Feira do Livro de Sergipe; realizamos saraus com a Casa do Poeta de Aracaju nos espaços: Poyesis e Biblioteca Pública Ephifânio Dórea, realizamos oficinas de desenho – (ministrada por mim) e teatro – ministrada pelo ator e sonoplasta Nigroh Horgin, na Sala Árcade.
Nesta edição - 2009, assinamos parceria com os coordenadores do Projeto Nova Coletânea - liderado por Abelardo Resende e Bruno Ramos, com o escritor Valdeck Almeida de Jesus, Giselda Moraes, AAPlASA – Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju.
Também não posso me esquecer da parceria que fez com que a nossa entidade ganhasse uma nova cara, ou melhor, uma nova logomarca. A Tripé Comunicação voluntariamente está cuidando de toda a nossa promoção.
Enquanto houver soldados, o exército da Arcádia estará em campo lutando por um futuro de livros, artistas e pensadores num contexto geral.


Carlos Conrado
Árcade Imortal Dias Gomes

0 comentários:

Postar um comentário