-Mário Jorge Navegando sobre Influências.


Nietzsche pensou e Mário Jorge transformou em arte-Poesia a idéia de Deus estar morto. Não foi somente este ilustre filosofo o alimento, ou melhor, a influência para a criação de suas obras. Álvares de Azevedo foi um dos seus patronos mais consultados. Também pressentindo a proximidade do fim do seu corpo físico, colocou a essência dos seus prazeres para uma reflexão sobre a vida – seus ganhos e suas perdas. Além do poema “Se eu morresse amanhã”, intitulado na versão de Álvares, o nosso poeta aracajuano, para completar o sentido de morte, desenhou o choque entre dois carros. Desta forma partiu a nossa estrela na pista da Atalaia, saudando o mar!... Mário Jorge foi um homem visionário, crente no poder da arte como cura para as grandes mazelas da sociedade. “A Arte é o conhecimento estético do real.” Assim como Vitor Hugo e Tobias Barreto, sua grande preocupação era com a evolução da massa e não simplesmente a sua evolução individual. Para Mário, evoluir era libertar-se de todos os valores morais, para que, somente assim, ascendesse no poder de criar seu próprio destino, seu próprio espetáculo, onde ele, o individuo, fosse a atração de um só tempo e de um só corpo. Vale destacar que alguns dos ensaios construídos por ele, sofre influências do sistema Hegeliano – o sistema de Hegel, que interpreta o mundo como um progresso incessante de tese, antítese e síntese.
Influenciado e influenciador, conheceu Paulo Coelho aqui mesmo em Aracaju – na época ambos não se passavam de loucos pelos os olhos da sociedade. É de Mário a idéia da música “Metamorfose Ambulante”, cantada pelo Baiano Raul Seixas – grande parceiro do “Coelho”. Com seu livro-manifesto Revolição, Mário Jorge plantou sementes na juventude do seu tempo. Mostrou-se Marginalta de si mesmo. Fundiu palavras, idiomas, criou um novo vocabulário,... modificou a Literatura Brasileira.
*Carlos Conrado - Vice-Presidente da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju

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